tudo que há
de mais lindo
quase nunca
faz sentido.
eu te escrevia poemas
em papel de paçoca
guardava no bolso da calça,
colocava pra lavar
com olhos espertos
te desenhava no teto
e passava horas
retocando os detalhes
nunca gostei de paçoca,
nunca soube desenhar
mas sufoca pensar
que o que passou não volta
nunca mais ficaremos
bêbados com coca-cola.