domingo, 19 de setembro de 2010

vou apagar
da memória
mil sonhos
coloridos
isso
e aquilo outro.
negociar
com o padeiro,
mandar assar
sua história
em fôrmas
de biscoito.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

aqui tem cheiro
de mar
porém
ninguém percebe
porque não quer
se afogar.

a atendente me serve
mais um pouco de chá
e tomo, mas penso
"só pode ser mais uma
parte do veneno".

penso
e não entendo,
mas percebo
de repente:

a atentente
tem dente
de ouro.
meu dente,
é
de
leite.
vento no vidro,
pijama ao avesso.
o cobertor já não serve
para embalar sonhos bons
quente, escuro quarto
ou quinto pesadelo
o travesseiro morre
de medo.