quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Fez-se noite nos olhos

E do clarão da madrugada,
Se viu todo o infinito
Fez-se fogo do atrito.

A luz cegou quem nunca
Havia enxergado de fato

É que de dia não se enxerga
A vida é cega.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ameaça

A vida se fez serena
Mais suave e mais sem graça.

Ingênua alma
Que não é pequena
Tropeça ao som
De qualquer ameaça.

As voltas ficaram lentas
E a cada movimento,
Uma nova trapaça.

O suor no rosto de quem passou frio
As noites em claro,
Caiu em desgraça.

É porque aqui,
Antes era vento.

Chagava o inverno
Matava de medo
Qualquer um desta praça.