quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Desconhecido

Ele não é daqui,
Mas passa todos os dias
Na mesma hora.
Cruza a rua
No mesmo pedaço
Carregando apenas
O sol em seus braços.
Um dia ele muda,
O sol se apaga
Um dia seus braços
Estarão vazios.
Então ninguém,
Ninguém mais
Vai reparar nele.

Vão achar que é daqui,
Como todos os outros.